sábado, 24 de dezembro de 2011

Traição colorida.




Como todo mundo sabe, minha vida amorosa é um desastroso dilema. Esses dias estava conversando com Justin, esse amigo coloridinho que estou vendo com muita frequência. Ok, estamos ficando. Eu tento dizer a mim mesma que não é nada sério, afinal, estou noiva do Bernard que infelizmente está trabalhando em Austin, milhas daqui. Acontece que a coisa está tomando um rumo curioso.
Quando ele me perguntou aonde entra o Bernard no meio disso tudo, talvez achei fácil deixar claro que o que estou sentindo é algo honesto e puro. Sim, estou apaixonada por ele e nada pode mudar isso. Quando Bernard se mudou, nós meio que congelamos nosso relacionamento para que ambos pudessem agarrar a oportunidade profissional que incrivelmente apareceu para ele, e também para mim. Como a gente quer se casar e ter um local para morar já mobiliado, essa coisa de fazer uma grana rápida chegou na hora certa. O casamento está marcado para daqui a dois anos.
Já faz um mês que ele está em Austin. Nós mal nos falamos pela internet, e como ele fica numa base aonde o celular mal pega, fica ainda pior nos comunicarmos pelo celular. Nem me pergunte como ou porque.
Ele responde meus e-mails com uma frieza insegura, falsa. Sei que lá no fundo ele não queria ter me deixado para trás, e eu fui a responsável por ter dado forças para ele seguir adiante, afinal, oportunidades dessas não surgem assim sempre. Mas ele tem medo de me perder, e talvez já previa essa bagunça que está meu coração hoje.
Mesmo sabendo disso, dessa sua insegurança, eu também ando evitando mandar e-mails como intimato, ou pressionando ele mais atenção, e nesse “break”, Justin entrou literalmente em minha vida. Quando ficamos a primeira vez, eu amei o fato de tê-lo perto. Nunca menti para ninguém o fato deu ser extremamente carinhosa, uma pessoa que ama demais, e que preciso doar todo esse amor que tenho no peito para que eu não exploda. Ele tem sido a pessoa mais próxima para receber isso. O que fazer?
Hoje, mesmo sabendo que estamos vivendo um relacionamento bem próximo ao final, (pois temos opniões bem diferentes quando se trata de família), ele gosta de estar sozinho, sem compromissos com esposa, casa e filhos. Eu já sinto desejo em ter a minha própria trupe. E outra, o fato deu ter esse compromisso com Bernard, faz com que Justin seja o meu segredo, e não conseguiria mantê-lo por muito tempo. Esconder coisas da família me distancia deles, e preciso que eles estejam presentes na minha vida regularmente. Porém, eu tenho amado viver esse presente, porque agora eu posso dizer que tenho aprendido coisas novas sobre meu corpo, limites e desejos. Quando eu digo que o amo, eu realmente o amo. Eu quero levá-lo para minha vida para todo sempre, independente se sejamos amantes no futuro ou não. Quem se importa? Eu poderia viver com amizade dele, mas por agora, eu quero mais.
Será que Justin se importaria de viver no meio dessa bagunça que chamo de vida? Contudo, se isso o deixar triste, pelo amor de Deus, me fale, arrume um jeito de me avisar, para que eu possa lavar o cheiro do seu corpo do meu.

sábado, 21 de maio de 2011

O diário idiota de Rafaela (livro)



Bom dia meus amigos, leitores!!
Sei que ando super em falta com as crônicas de One Tree Hill, mas posso me explicar.
Eu tinha esse projeto do "Diário da Rafa" que comecei escrever no ano de 2008. Nesse meio tempo comecei a trabalhar com a história vampírica de Gabriel e Dominique também. Quando os sangue-sugas me irritavam, eu voltava à Rafaela, quando finalmente consegui terminar o projeto em 2010 e procurar uma forma de lançá-lo.
Porém, esse processo todo é muito lento e meio doloroso, porque infelizmente quando a coisa é independente, tudo fica bem devagar.
Minha vida pessoal também andou complicada, tendo que mudar de trabalho, trancar a faculdade e pensar.. pensar com calma sobre o amanhã.
Finalmente o livro já está a vendas no site da editora Clube de Autores.
Está sendo bastante procurado, graças a Deus.
A próxima etapa, talvez a mais difícil, é conseguir um empréstimo para eu comprar um montante para assim lançá-lo aqui e região. Caso eu não consiga, terei que juntar calmamente cada centavo.
Quero agradecer toda a equipe que fez o livro acontecer.
Layane Crispim pela criativa diagramação, Érica Si pela singela capa, Amanda Sarmento pelo cuidado com a minha horrível gramática e Ana Paula Moura pela esclarecedora apresentação.

Deixarei a sinopse do livro para vocês.

Apresentação
por Ana Paula Moura

O que podemos compreender como vida normal? Não seríamos todos loucos vivendo em total frenesi!
Rafaela, como muitas garotas, tem amores, paixões platônicas, porém se acha diferente pelo caráter que tem e atitudes que a tomam de repente.
Ações desmedidas, palavras incompreendidas, um conjunto que para muitos, revela uma mente que precisa de ajuda.
Durante dois anos, nossa Rafaela narra em seu diário idiota, uma batalha diária contra o transtorno bipolar, uma doença na qual acredita sofrer. Passa por altos e baixos, chora, dá gargalhadas e vive emoções fortes em viagens que faz mesmo algumas sendo mera imaginação. Uma vida conturbada, ora por traumas sofridos na vida cotidiana, outras por lembranças que nem sabia que tinha despertam do seu inconsciente. O culpado seria seu amor virtual, que faz sua vida virar do avesso, mas esse tormento acaba morrendo com o tempo.
Rafaela é isso, vive cada momento tão intensamente que até seus sonhos acredita ser reais, e manter um diálogo com seu diário que aceita tudo que escreve, talvez seja uma forma de se manter ligada a realidade.

Para conhecer os pensamentos completos de Rafaela, adquira o seu diário no portal do Clube de Autores
http://clubedeautores.com.br/book/41762--O_DIARIO_IDIOTA_DE_RAFAELA

sábado, 7 de maio de 2011

Como diário...




Às vezes nos acostumamos passar por relacionamentos tão iguais, tão clichês, quando sabemos que os caras sempre nos entediarão com seu jeito grosso, anti-romântico, pois depois que o casal cai na rotina, àquela sensação de reconquistamento acaba. Nenhum dos dois quer alimentar a chama. Nenhum dos dois quer quebrar a rotina. Nenhum? Nunca fui esse tipo insensível, sem criatividade para me colocar no meio desses casais sem sal que tanto vemos por ai. Porém, sempre tive problemas em encontrar o par perfeito por nunca me sentir compreendida. Quem iria achar lindo, você o convidar para um passeio na praça numa tarde nublada de domingo? Sentar na grana deitado em seu colo, lendo um livro, cochilando, sentindo sua mão quente enquanto é acariciada no rosto?
Duas semanas atrás conheci esse rapaz. Aparentemente bobo, folgado, e um tanto metido. Aquele seu jeito abusado do olhar misterioso mexeu comigo. Não foi nada avassalador, mas foi ganhando força com os dias. Confesso que sou atentada às vezes quando não tenho muito que fazer, mas ele foi chegando mais perto, cada vez mais perto... Foi quando saímos pela primeira vez para uma conversa de verdade e super agradável. Assustei-me em ver uma pessoa tão sensível, cavalheiresca, carinhosa, e dormi mal tentando querer acreditar pelo menos essa vez que eu poderia dizer de verdade “Carpe diem”.
Ele vai deixar a cidade amanhã. E ai? Vou me privar de passar uns momentos com uma pessoa aparentemente perfeita? Não, não desta vez.

sábado, 30 de abril de 2011

O CONTO DE MONA MAYFAIR



Em A Hora das Bruxas, a autora Anne Rice, mais uma vez exorciza seus demônios e fantasmas, narrando a saga de uma famí­lia que em quatro séculos vive entre feitiçaria e forças ocultas. A famí­lia Mayfair é o ponto central de uma dinastia de bruxos, que cresceu e prosperou dedicando-se í magia negra. Entre os Mayfair, convive-se pacificamente com o incesto, os assassinatos e com o espí­rito meio divindade celta, meio demônio, chamado Lasher.
O romance se desenrola cronologicamente para a frente e para trás, passando por Nova Orleans e São Francisco atuais e deslocando-se até o Haiti ou a um castelo na França de Luis XIV. As bruxas de Anne Rice não pilotam vassouras: são mulheres mafiosas, ocultas sob uma delicadeza fútil. Para elas, a bruxaria é a ciência mais confiável.

Inspirado neste romance, Gabriella Lima escreveu um conto dando vida a bruxa Mona Mayfair que entra no final da história.
http://www.recantodasletras.com.br/contos/2940631
Aguardo a visita dos amigos interessados a este tipo de literatura. Está fantástico.
Abraços!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Eles secaram meu coração.




Foi há um tempo atrás, quando cansada de tanto chorar e aquela dor nunca, nunca passar...
Eu pedi com muita crença que os deuses levassem embora aquele amor perdido e em vão que havia em meu peito. Em troca, claro que houve uma troca, eu falei que poderiam secar meu coração. Que eu nunca mais voltasse a me sentir daquela forma.
Agora você consegue entender porque me tornei assim? Cética, sarcástica e fria?
Nunca faça trocas, mesmo que a vida seja um puto comércio.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Tentação do capeta

http://www.youtube.com/watch?v=xvFAbl9ppCs&feature=player_embedded

Hoje cedo eu acordei com umas coisas tão filosóficas para te escrever, mas depois que comecei a escutar Temptation waits do Garbage, acabei me calando.
Maldita letra. Tão sincera, tão gulosa, tão eu mesma.
Mentira!
Ela é melhor.
Tenho percebido que causas insignificantemente difíceis me atraem.
Existiu sim, essa pessoa anos atrás, que simplesmente virou minha cabeça ao avesso.
Nos odiávamos.
Ela era líder do grupo cheerleading da escola, e eu? A redatora nerd do jornal do colégio.
Não tinha como a gente se bicar, porque eu sempre vendia os furos que aconteciam lá nos ensaios. Em sua maioria eram verdades, mas a mentira aconteceu quando eu precisei desmascará-la e a cachorra conseguiu me seduzir.
“Deixa eu te dizer algo. Eu sou um lobo, mas gosto de vestir pele de cordeiro. Eu sou uma fogueira. Sou um vampiro. Estou esperando o meu momento.”
E para fechar essa “gossip” com chave de ouro, vou deixar a curiosidade.
“You are a secret, a new possession, I like to keep you guessing.”

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Almas gêmeas nunca morrem




Uma vez vi um casal fazendo tatuagens juntos. A frase era uma mensagem eternizando o amor deles. “Almas gêmeas nunca morrem”. Já ouvi isso em uma das músicas do Placebo.
Almas gêmeas... Sempre reflito sobre isso.
Será mesmo que fomos criados juntamente com uma alma “irmã”? Quando é que iremos encontrá-la? Será que iremos mesmo? Essas perguntas me perseguem desde quando perdi o amor do Lucas.
Às vezes acho que tudo aquilo foi mais fantasia da minha cabeça do que realidade. Claro que namoramos sim e fomos felizes juntos. Mas não acho que tudo aquilo foi tão importante para ele quanto foi para mim.
Já faz quase 3 anos que tudo isso aconteceu. Já tive outros relacionamentos, porém me encontro tão estranha que ando duvidando de mim.
Na época em que terminamos, eu sofri tanto, que pedi aos céus para tirá-lo dos meus pensamentos, levando assim o seu cheiro, o calor de seu corpo e todas as lembranças. Com o passar do tempo consegui esquecer do cheiro e do calor humano, mas as lembranças parecem que sempre estarão lá, não importa até quando. Isso me adoece.
Ando em depressão de tempos em tempos, e uma insatisfação de vida vem tomando conta. Estou cansada. Estou cansando de lutar contra tudo isso.
Mas pelo amor de Deus, como conseguir esquecer daquilo tudo? Me explica?
Aquele maldito está lá, vivendo uma vida quase de casado, acabou de mudar com a nova namorada, e está super feliz. Eu também estou, mas só não estou feliz por mim.
Sinto pena por ter sido carimbada pelo cupido do mal, que fez com que eu me apaixonasse pelo meu melhor amigo, e agora estou ai... desse jeito que não tem como esconder.
Pessoas sempre chegam até a mim e dizem que “isso vai passar”. É, pode até passar, porém nada será como antes, e tem como evitar?
Acho que devia me tatuar... tatuar “idiota” na testa.

Essa foto foi pintada por Érica Si.