sábado, 7 de maio de 2011

Como diário...




Às vezes nos acostumamos passar por relacionamentos tão iguais, tão clichês, quando sabemos que os caras sempre nos entediarão com seu jeito grosso, anti-romântico, pois depois que o casal cai na rotina, àquela sensação de reconquistamento acaba. Nenhum dos dois quer alimentar a chama. Nenhum dos dois quer quebrar a rotina. Nenhum? Nunca fui esse tipo insensível, sem criatividade para me colocar no meio desses casais sem sal que tanto vemos por ai. Porém, sempre tive problemas em encontrar o par perfeito por nunca me sentir compreendida. Quem iria achar lindo, você o convidar para um passeio na praça numa tarde nublada de domingo? Sentar na grana deitado em seu colo, lendo um livro, cochilando, sentindo sua mão quente enquanto é acariciada no rosto?
Duas semanas atrás conheci esse rapaz. Aparentemente bobo, folgado, e um tanto metido. Aquele seu jeito abusado do olhar misterioso mexeu comigo. Não foi nada avassalador, mas foi ganhando força com os dias. Confesso que sou atentada às vezes quando não tenho muito que fazer, mas ele foi chegando mais perto, cada vez mais perto... Foi quando saímos pela primeira vez para uma conversa de verdade e super agradável. Assustei-me em ver uma pessoa tão sensível, cavalheiresca, carinhosa, e dormi mal tentando querer acreditar pelo menos essa vez que eu poderia dizer de verdade “Carpe diem”.
Ele vai deixar a cidade amanhã. E ai? Vou me privar de passar uns momentos com uma pessoa aparentemente perfeita? Não, não desta vez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário