terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Almas gêmeas nunca morrem




Uma vez vi um casal fazendo tatuagens juntos. A frase era uma mensagem eternizando o amor deles. “Almas gêmeas nunca morrem”. Já ouvi isso em uma das músicas do Placebo.
Almas gêmeas... Sempre reflito sobre isso.
Será mesmo que fomos criados juntamente com uma alma “irmã”? Quando é que iremos encontrá-la? Será que iremos mesmo? Essas perguntas me perseguem desde quando perdi o amor do Lucas.
Às vezes acho que tudo aquilo foi mais fantasia da minha cabeça do que realidade. Claro que namoramos sim e fomos felizes juntos. Mas não acho que tudo aquilo foi tão importante para ele quanto foi para mim.
Já faz quase 3 anos que tudo isso aconteceu. Já tive outros relacionamentos, porém me encontro tão estranha que ando duvidando de mim.
Na época em que terminamos, eu sofri tanto, que pedi aos céus para tirá-lo dos meus pensamentos, levando assim o seu cheiro, o calor de seu corpo e todas as lembranças. Com o passar do tempo consegui esquecer do cheiro e do calor humano, mas as lembranças parecem que sempre estarão lá, não importa até quando. Isso me adoece.
Ando em depressão de tempos em tempos, e uma insatisfação de vida vem tomando conta. Estou cansada. Estou cansando de lutar contra tudo isso.
Mas pelo amor de Deus, como conseguir esquecer daquilo tudo? Me explica?
Aquele maldito está lá, vivendo uma vida quase de casado, acabou de mudar com a nova namorada, e está super feliz. Eu também estou, mas só não estou feliz por mim.
Sinto pena por ter sido carimbada pelo cupido do mal, que fez com que eu me apaixonasse pelo meu melhor amigo, e agora estou ai... desse jeito que não tem como esconder.
Pessoas sempre chegam até a mim e dizem que “isso vai passar”. É, pode até passar, porém nada será como antes, e tem como evitar?
Acho que devia me tatuar... tatuar “idiota” na testa.

Essa foto foi pintada por Érica Si.